sábado, 28 de julho de 2007

Limite

A insatisfação é
constante
E a busca não cessa.
Errante,
Sempre desvãos
Sempre vão, sempre além.
Aquém
Do esperado que era já
uma fuga.
Quero o do outro tudo.
Não vale o meu a mim
Não assim na linha
Que nunca se ultrapassa
Tenaz
Tênue
Complacente.
Sou em mim o mais-que-perfeito
Perfeitamente escusa
a certeza. Não há.
Não há nem houve a entrega por mais
de segundos, milissegundos.
Átimos.
Istmos
quem me isolam.
E nem dor nem nada.
Amargor indiferente,
Lancinante, como
o amor
os pecados eles todos;
E nada rompe
Nada ultrapassa o
Que vai e volta
E gruda
E fere
A não-situação seria a solução
de não haver isso assim.
Que é?
O que?
Desmaio-delírio-ápice-clímax-lágrima-século
Sem limite.

(a.l.k.)

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