domingo, 30 de setembro de 2007

Madeleine Peyroux (28/09/2007)

Madeleine Peyroux e sua ótima banda (especialmente o pianista) fizeram do Teatro do Bourbon um jazz club, pelo menos tive essa sensação envolvente e fascinante. No entanto, o repertório não se restringiu ao jazz, indo ao blues, folk e até country. Mesmo sem presença cênica, Madeleine encanta pela sua linda e bem colocada voz, pela sua habilidade como violonista (ela toca violão de aço e também tocou ukele, um primo do cavaquinho - alguém na pláteia, em tom de brincadeira, murmurou que ela iria tocar "Brasileirinho"...). Também foi marcante a sua simpatia para com a plátéia e o entrosamento dela com os músicos, que tiveram bastante espaço para improvisar e que, mais uma vez repito, são ótimos! Dentre tantas "Smile" foi emocionante. E adorei ouvir "J'ai deux amours" no bis. Memorável!















SMILE

Smile,though your heart is aching
Smile,even though its breaking
When there are clouds in the sky, you'll get by
If you smile through your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll see the sun come shining through for you

Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile

Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile

That's the time you must keep on trying
Smile, whats the use of crying
Youll find that life is still worthwhile
If you just smile

(Geoffrey Parsons - Charlie Chaplin)



SORRI

Sorri,
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios
Sorri,
Quanto tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador, sorri

Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doridos
Sorri,
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

(versão: Braguinha)





DON’T WAIT TOO LONG





LONESOME ROAD






SMILE





J'AI DEUX AMOURS


Elba Ramalho (27/09/2007)

O show de Elba Ramalho, no Teatro do Bourbon, em Poa, foi ótimo. Sem dúvida, ela tem excelente domínio de palco e vocal também, e está cantando cada vez melhor, fez coisas precisas e difíceis e boas.
Gosto muito mais do timbre dela agora na maturidade, do que no ínicio, extremamente metálico (a"gralha do nordeste"), embora ela torne a voz metálica quando queira, e grave e forte e suave. Muito bom! O repertório, além do set "regional" esperado (e delicioso) trouxe coisas de compositores contemporâneos como o Pedro Luís e o Lula Queiroga, além do Lenine (presente no cd novo "Qual o assunto que mais lhe interessa?").
O show, como o cd novo, tem uma grande gama de ritmos e sonoridades, com metais, percussões, samples, cello com Lui Coimbra (ótimo), acordeom com Toninho Ferraguti (ótimo). Além disso os figurinos eram lindos, três roupas e sapatos "show"; afinal, é uma coisa deveras monótona cantar sempre de "uniforme"...
E além de tudo, e tantas boas canções, foi maravilhoso ouvir e ver Elba cantando "Palavra de mulher". Show é show. E foi.










PALAVRA DE MULHER

Vou voltar
Haja o que houver, eu vou voltar
Já te deixei jurando nunca mais olhar pra trás
Palavra de mulher, eu vou voltar
Posso até
Sair de bar em bar em bar em bar
Falar besteira
E me enganar
Com qualquer um deitar
A noite inteira
Eu vou te amar

Vou chegar
A qualquer hora ao meu lugar
E se uma outra pretendia um dia te roubar
Dispensa essa vadia
Eu vou voltar
Vou subir
A nossa escada, a escada, a escada, a escada
Meu amor, eu vou partir
De novo e sempre, feito viciada
Eu vou voltar

Pode ser
Que a nossa história
Seja mais uma quimera
E pode o nosso teto, a Lapa, o Rio desabar
Pode ser
Que passe o nosso tempo
Como qualquer primavera.
Espera
Me espera
Eu vou voltar

(Chico Buarque)




sábado, 22 de setembro de 2007

Samba das moças

Roberta Sá ("Que belo estranho dia pra se ter alegria") é, sem dúvida, a melhor dos últimos anos. Não só no samba.



Maria Rita ("Samba meu") mostra que, realmente não é só a filha de Elis, é ótima cantora.




Enfim, não paro de ouvir. Samba bom é bom. :-) Mais uma vez Maria Rita e Roberta Sá gravam a mesma música em cds lançados quase ao mesmo tempo, primeiro foi "Casa pré-fabricada", agora "Novo amor", em ambas situações prefiro os registros da Roberta. "Novo amor", por exemplo, perdeu um pouco da melancolia, que deve ter, na gravação da Maria Rita, com o ritmo mais acelarado. A Roberta conserva a delicada tristeza da canção. No mais, deleites. :-)

E ainda, dentre tantas, tem a Verônica Ferriani, que conheci no Som Brasil Ivan, ótima e linda. Aguardo ansioso o seu cd, previsto pra este ano.



www.veronicaferriani.com.br

So in love

Strange dear, but true dear
When I'm close to you, dear
The stars fill the sky
so in love with you am I
Even without you
My arms fold about you
You know darling why
So in love with you am I
In love with the night mysterious
The night when you first were there
In love with my joy delirious
When I knew that you could care
So taunt me, and hurt me
Deceive me, desert me
I'm yours, till I die...
So in love... So in love...
So in love with you, my love... am I...

(Cole Porter)


-----------

Tem mais linda e mais triste???

O sim acenado e o não sem pronúncia

Num lugar sem palavras, o aceno brusco é a única comunicação em busca de um final pleno, porém incompleto onde só reside o desejo. Desejo que nem é, nem está, ou melhor, que está em torno mas não em, não em algo nem nalguém. É assim, como abstrato que é, residisse unicamente naquele mundo das idéias sendo alçado à realidade por instantes e novamente recolocado em seu lugar longe. Idílico talvez. Entretanto, ele abriu um espaço que por ele ou por outro sentimento deveria poderia precisa ser preenchido. Resta o vazio. O vão por onde sopra o vento, escorre a água e as réstias inconstantes de luz invadem por momentos fuzages. É escuro e frio lá. Triste. Deserto.

(a.l.k.)

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

La Vie En Rose

Des yeux qui font baisser les miens
Un rire qui se perd sur sa bouche
Voilà le portrait sans retouche
De l'homme auquel j'appartiens

{Refrain:}
Quand il me prend dans ses bras,
Il me parle tout bas
Je vois la vie en rose,
Il me dit des mots d'amour
Des mots de tous les jours,
Et ça m'fait quelque chose
Il est entré dans mon cœur,
Une part de bonheur
Dont je connais la cause,
C'est lui pour moi,
Moi pour lui dans la vie
Il me l'a dit, l'a juré
Pour la vie
Et dès que je l'aperçois
Alors je sens en moi
Mon cœur qui bat

Des nuits d'amour à plus finir
Un grand bonheur qui prend sa place
Des ennuis, des chagrins s'effacent
Heureux, heureux à en mourir

{au Refrain}

{Nota: variante pour le dernier couplet:}

Des nuits d'amour à en mourir
Un grand bonheur qui prend sa place
Les ennuis, les chagrins s'effacent
Heureux, heureux pour mon plaisir

(Paroles: Edith Piaf. Musique: Louiguy - 1946)








La Môme - La Vie en Rose, de Olivier Dahan (França/Reino Unido/República Checa, 2006)

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Lady Vingança (18/09/2007)






"Desde os créditos iniciais, se firma como o filme mais visualmente rebuscado do diretor (Park Chan-wook). É um deleite só de se observar. A fotografia é deslumbrante e a escolha dos enquadramentos, dos cortes, da direção de arte, tudo é um negócio de outro mundo.
Bernardo Krivochein (Zeta Filmes)"

ISSSO!! :-)

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

God bless the child

Them thats got shall get
Them thats not shall lose
So the Bible said and it still is news
Mama may have, papa may have
But God bless the child thats got his own
Thats got his own

Yes, the strong gets more
While the weak ones fade
Empty pockets dont ever make the grade
Mama may have, papa may have
But God bless the child thats got his own
Thats got his own

Money, youve got lots of friends
Crowding round the door
When youre gone, spending ends
They dont come no more
Rich relations give
Crust of bread and such
You can help yourself
But dont take too much
Mama may have, papa may have
But God bless the child thats got his own
Thats got his own

Mama may have, papa may have
But God bless the child thats got his own
Thats got his own
He just worry bout nothin
Cause hes got his own

(Billie Holiday / Arthur Herzog Jr.)

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Última forma

É, como eu falei não ia durar
Eu bem que avisei, pois é, vai desmoronar
Hoje ou amanhã um vai se curvar
E graças a Deus, não vai ser eu quem vai mudar
Você perdeu

E sabendo com quem eu lidei não vou me prejudicar
Nem sofrer, nem chorar, nem vou voltar atrás
Estou no meu lugar, não há razão pra se ter paz
Com quem só quis rasgar o meu cartaz
E agora pra mim você não é nada mais

E qualquer um pode se enganar
Você foi comum, pois é, você foi vulgar
O que é que eu fui fazer quando dispus te acompanhar
Porém pra mim você morreu
Você foi castigo que Deus me deu

Não saberei jamais se você mereceu perdão
Porque eu não sou capaz de esquecer uma ingratidão
E você foi uma a mais
E qualquer um pode se enganar

Você foi comum, pois é, você foi vulgar
O que é que eu fui fazer quando dispus te acompanhar
Porém pra mim você morreu
Você foi castigo que Deus me deu

E como sempre se faz, aquele abraço, adeus
E até nunca mais

(Baden Powell e Paulo César Pinheiro)

Asas

Suas asas
Amor
Quem deu fui eu
Para ver
Você conquistar o céu.

Observe tudo embaixo ser
Menor do que
Você,
Como tudo é,

E enquanto arde a coragem dos desejos seus,
Sem véus,
[proteus]

Abra seus poros e papilas e pupilas
À luz da manhã

E muito acima de ipanema tão pequena
Tão vã

Viva o prazer
O som o estrondo de uma onda
Na arrebentação

Enquanto eu piro á sua espera na esfera
Do chão.


(Adriana Calcanhotto)

Muito romântico

Não tenho nada com isso
Nem vem falar
Eu não consigo entender
Sua lógica

Minha palavra cantada pode espantar
E a seus ouvidos parece ser exótica

Mas acontece que não posso me deixar
Levar por um papo que já não deu
Acho que nada restou pra guardar ou lembrar
Do muito ou pouco que houve entre você e eu

Nem uma força vira me fazer calar
Faço no tempo soar minha silaba

Canto somente o que pede pra si cantar
Sou o que soa eu não doura pílula

Tudo o que eu quero é um acorde perfeito maior
Com todo mundo podendo brilhar num cântico
Canto somente o que não pode mais se calar
Noutras palavras sou muito romântico

(Caetano Veloso)

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Janeiros

É como o vento leve
Em seu lábio a assobiar
A melodia breve
Lembrando brisa de mar

Mexendo maré num vai-e-vem
Pra se ofertar
Flor que quer desabrochar
Nasceu dourando manhã

Bordando areia
Com luz de candeia pra nunca se apagar

Já passaram dias inteiros
Janeiros
Calendário que nunca chega ao fim
Início sim
E só recomeçar

Bordando areia
Com luz de candeia pra nunca se apagar
E iluminar
Bordando areia
Com luz de candeia pra nunca se apagar

(Pedro Luis e Roberta Sá)

sábado, 1 de setembro de 2007

Sou Seu Sabiá

Se o mundo for desabar sobre a sua cama
E o medo se aconchegar sob o seu lençol
E se você sem dormir
Tremer ao nascer do sol
Escute a voz de quem ama
Ela chega aí

Você pode estar tristíssimo no seu quarto
Que eu sempre terei meu jeito de consolar
É só ter alma de ouvir
E coração de escutar
Eu nunca me farto do uníssono com a vida

Eu sou
Sou seu sabiá
Não importa onde for
Vou te catar
Te vou cantar
Te vou, te vou, te dou, te vou te dar, te dar, te dar...

Eu sou
Sou seu sabiá
O que eu tenho eu te dou
Que tenho a dar?
Só tenho a voz
Cantar, cantar, cantar, cantar, cantar...

(Caetano Veloso)

Poderá também gostar de: