terça-feira, 5 de maio de 2009

Errática

Nesta melodia em que me perco
Quem sabe, talvez um dia
Ainda te encontre minha musa
Confusa

Esta estrada me escorre do peito
E tão sem jeito
Se desenha entre as estrelas da galáxia
Em fúcsia...

Bússolas não há na cor dos versos
Usam como senha tons perversos
Busco a trilha certa, matematicamente
Só sei brincar de cabra-cega
Errática
Chega

Neste descaminho, meu caminho
Te percorre a ausência
Corpo, alma, tudo, nada, musa
Difusa.

O sorriso do gato de Alice se se visse
Não seria menos ou mais intocável
Que o teu, véu
Pausa de fração de semifusa
Pode conter tão grande tristeza

Busco o estilo exato
A tática eficaz
Do rock ao jazz
Do lied ao samba
Ao brega
Errática
Chega

(Caetano Veloso)

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